Pumbeiro
“Os portugueses de Angola chamavam pumbo (mpumbu) aos mercados do Kongo de certa importância, onde compravam mercadorias e escravizados. (…) Pombeiro designava, no tempo de Fernão de Sousa, um mercador africano no interior da terra, que adquiria ao serviço dos Portugueses, nas feiras oficiais no Sudoeste da África Central, principalmente escravizados, e também marfim, em troca de fazendas que o seu patrão português no litoral lhe entregava a crédito. Parece que os pombeiros e era, frequentemente, escravizados de confiança. É possível que então alguns já fossem mestiços. Mas também acontece que se chamava pombeiro a qualquer mercador no interior”. Beatrix Heintze, Fontes para a História de Angola do século XVII, p. 124. Na África Ocidental, os vocábulos “tangomaos” e “lançados” eram também utilizados para designar intermediários do comércio de escravizados. Segundo Zeron, a diferença em relação aos pumbeiros é que os tangomaos não teriam permissão da Coroa para comerciar no interior. Carlos Alberto Zeron, Pombeiros e tangomaos, intermediários do tráfico de escravizados na África – século XVI. São Paulo: Centro Virtual de Estudos Históricos/USP, s/d.